tradução por Thiago Ponce de Moraes

Celestógrafo


Seu cabelo cruzou sua fronte como relâmpago difuso
A imagem distante, estremecida, regurgitada
Diz algo sobre sua virilidade metálica, ele ofereceu
Brilho da lua, ela disse
Como se falando numa dormente luz submarina
A explosão ótica prolongada
É um exemplo daquilo que o forno devolve
No gosto forte de nicotina do seu espelho
Ele era como a névoa vagabundo
Ela olhava para um tapete de borboletas-monarca
Dissecadas pela geada, aerossolizadas
O que antes tinha sido sua imagem da noite
Fundida à manhã
Era agora uma imagem de quê?
O colarinho de sua capa de camurça
Ela percebeu, escurecendo com o óleo de seus cabelos
Surgiu em respingos e grandiloquente